senão olhar pra frente e não esperar nada em toda sua complexidade simples
Simples sina em frágil senda
As dores pedras , duras penas
Matéria fina de construção da continua obra plena
Com vezes paredes me são erguidas , como intransponíveis cordilheiras
As vezes sou montanha inóspita ,caminho incerto mas de firme certeza em sua realeza
Vinde a mim a clareza então eu peço , antes que meus olhos se esqueçam
De mim terás meu labor , meu amargo desgosto , meu sorriso , meu calor
Não temo , mas por vezes me inebria o pavor .
Por onde andarás tu , a quem te chame Amor ?
És aquilo que sinto quando vejo a Alvorada ou a cada instante que nasce a flor ?
Tão bela es tu , que encanta até mesmo o som das manhãs
Queria eu ser como a rocha , tão silenciosa e firme
Tão sábia , imóvel e perene
mas com a água se curva e diante da chuva se mostra humilde
Liberta o caminho e se molda as diferentes nuances das tempestuosas vontades do tempo
Mas caminhos são eternos e escolhas o acompanham,
contigo aprendo a cada instante , me fascina seu tamanho
As virtudes ainda que obscuras, me refaço em suas alturas
Mas clamo por verdade
E a realidade ainda que presente, com dores sigo em frente
Pois cada passo firme , cada sopro que me anime
Terei andado por toda uma vida
E por Eras és minha sina ...
Eterno nômade da vida , em verdade a cada tempo novo buscando o inevitável
Inventário da criação.
Meu coração ainda sangra , pois de escolhas tristes , colhendo semente plantada em tempo incerto
Mas as colho com alegria , pois de cada planta que nasce se aprende extrair a cura e com isso supre o vazio ...
Que suas águas me reguem , que os ventos me moldem
Que um dia em rocha pura eu me torne mas continue o caminho
E por findar meu destino , encontre o alivio das dores que assombram o meu simples ser em busca do dominio .
