segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O frio vento da solidão


Chega o vento , o sopro frio .

Já é inverno .

Sono forte, venta na alma.

Já não convicto sinto o mar.

Pensamento gélido, machuca, agride, infésta , ragou meu corpo.

Não quero mais seguir em frente .

Já não sou mais o mesmo , a solidão me beijou com seus frios lábios.

Sinto frio , fome,sede , dor, a cabeça vazia e o coração gelado .

Essa faca corta minha carne , rasga a ferida, vem a dor...

Mas o tempo ...

Ah grande senhor!

Traz pra mim a cicatriz , fecha meu corpo , nasce o novo .

O Sol aquece, ilumina.

O coração pode bater novamente.

O calor depende do esforço.

A mão deve trabalhar , plantar.

Pois a Terra fertiliza a semente.

O novo se faz presente.

A cada Sol nascente, brota nova .

Que eu rege -a então com meu sangue .

Pois com ele posso continuar a brotar.

Andar e crescer é o destino de todo o ser.

Mas e a solidão ?

E esse frio , oque posso fazer?

Onde está esse cobertor?

Por acaso alguém viu o Amor?

Será que é isso que falta?

Quantas perguntas ....

E a as respostas?

Talvez dentro dele mesmo é que está.

E o coração , oque tem a falar ?

Mas ele fala mesmo como dizem ?

e as perguntas afloram e se contradizem.

Ou não , será que não é pra fechar a rima?

Porque rimar, não sou poeta nem mesmo escritor.

Minhas palavras são escritas apenas pra expressar minha dor.

essa dor responde minhas perguntas...

O que falta é o AMor.

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